Como medir desempenho de funcionários???

Ola estou melhorando a gerencia da minha fazenda e querendo colocar bonificações. Gostaria de saber que itens devo considerar para medir o desempenho do funcionário. Existe já algum método de avaliação de desempenho? O que posso fazer para incentivar os funcionários envolvidos em diversas áreas da pecuária leiteira?

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Respostas

  • Acho que você pode começar pela qualidade de leite produzida na propriedade tanto quanto a quantidade, bonificando principalmente os funcionários envolvidos no sistema de ordenha.

    Vários índices na propriedade podem ser verificados e gerar uma bonificação, alguns deles são: numero reduzido de vacas com mastite, mortalidade de bezerros, taxa de prenhes, qualidade do volumoso produzida, diversos itens podem ser melhorados e gerar uma bonificação para o colaborador de cada setor na propriedade, pois a melhora nas taxas geram menos custos de produção ao produtor.

    Mas para isso tudo acontecer, tem  que haver copilação eficiente dos dados na propriedade, a partir da geração desses será possível gerenciar e tomar providencias em relação as bonificações, esta que pode ser mensal ou anual,

    Atenciosamente.

  • Olá pessoal.

     

    Estamos vivendo um processo de transformação de atitude no agronegócio brasileiro, a condição de empresa rural, está cada vez mais em foco.

    Antigamente, em uma empresa particular, o funcionário que não rendesse o suficiente, era mandado embora, pois havia uma oferta, muito grande de mão-de-obra.

    E agora? É bem sabido que a população cresce vertiginosamente, portanto oferta não deveria ser o problema, certo? Errado.

    O meio urbano, com seus atrativos, está cada vez mais, incrementando o êxodo rural. Portanto o cenário da mão-de-obra mudou e hoje a demanda por essas pessoas é maior que a oferta (e nem vou discutir programas sociais e etc).

    E o que isso tem haver com bonificação? Tudo. Quanto mais escassa a mão-de-obra, mais temos que incentivar sua continuidade.

    Mas o que é bonificação? Por definição é o ato de bonificar; concessão de bônus. Suplemento salarial dado ao trabalhador que ultrapassou a média de produção; uma gratificação.

     

    Portanto um bom método é o desenvolvimento de alguns passos:

    1º Diagnostique – conheça seus índices zootécnicos e econômicos atuais

    2º Estude - neste momento a ajuda da biblioteca e da assistência técnica é fundamental, porém não se esqueça de esquematizar o ideal à sua realidade;

    3º Elabore- agora você irá elaborar uma meta a curto, médio e longo prazo, lembrando que elas devam ser atingíveis, portanto. Não exagere;

    4º Subsidie – dê as ferramentas necessárias para que seu funcionário desenvolva a nova tarefa (ferramentas, capacitação e etc);

    5º Delegue – quando pensamos em uma empresa, cada funcionário terá sua função, portanto delegue funções;

    6º Avalie – após tempo decorrido, avalie se o que elaborou como meta futura foi atingida, caso contrario reavalie sua meta com o responsável.

     

    Aí depois desse processo, quando você tiver certeza que subsidiou todo o processo e conhece mais do que ninguém, a meu ver, pode instituir uma bonificação.

    Uma simples medição dos índices, antes e depois da interferência e nomeação de um responsável direto, faz muita diferença!

     

    Abç

    Fernanda Freitas

  • Prezados,

    Gostei muito da discussão, e parabéns pela iniciativa do tópico!

    Acho que todos tocaram em pontos fundamentais, e concordo com a Myriam em relação à persistência! Mudanças são lentas para os proprietários, imagina para os funionários... além disso, existe uma relação direta entre nível eduacional e abertura à mudanças e aceitação da inovação. Logo, vemos o quão grande é o desafio!

    Gostaria de ressaltar um ponto muito importante: capacitação. É ainda mais difícil implementar mudanças se as pessoas envolvidas não entendem o porquê das mudanças, não se sentem parte delas. Assim, acho muito importante pensarmos um programa de capacitação continuada, muito bem planejado e conduzido. Isso ajuda a construir a cultura da mudança! Tive a oportunidade de conhecer uma propriedade onde toda quarta-feira, de maneira sagrada, os funcionários, o consultor e o proprietário se reuniam para discutir, tecnicamente, um problema e as soluções para este. Essa reunião não durava mais do que 1 hora, era obrigatória a presença de todos e, no início, era conduzida pelo técnico da propriedade. COm o passar do tempo, um dos funcionários conduzia. ENtão se o problema era alta contagem bacteriana, pro ex., um dos funcionários da equipe de ordenha conduzia a discussão, e todos opinavam. O técnico e o proprietário mediavam a discussão e apresentavam justificativas técnicas, material simples, vídeos, etc. Além disso, três vezes por ano a equipe visitava outras propriedades, e cursos de capacitação e troca de experi~encia com outros funcionários, de outras propriedades, eram sempre bem vindos.

    Já se sabe que programas de remuneração pura e simplesmente, em qualquer nível, não apresentam os resultados esperados se não veem acompanhados de ações de comprometimento, delegação de responsabilidade e outros. E isso vale até mesmo para executivos!

    O ser humano é complexo, e eu acredito que todo gestor e empresário rural deveria se arriscar a conhecer mais sobre gestão de pessoas!

    E, por fim, acredito que o programa de participação em resultados, seja ele com dinheiro, cesta básica, etc., deva ser sim estimulado, mas não sozinho, pois senão você "queima" uma ferramenta importante que pode cair no descrédito. Implantar um programa de gestão de pessoas (capacitação, desenvolvimento, remuneração, metas, etc), isso sim, pode ser o caminho!

    Fernanda

  • Oi pessoal

    Muito boa discussão, no fundo acho que temos que despertar no empregado o sentimento do trabalho como realização pessoal. As sugestões da Pricila me parecem o ponto certo onde trabalhar quem e como remunerar. As experiências do Júlio e do Pedro são um contraponto para pensar. O caminho traçado pelo Gabriel é o certo. No fundo todos estamos tratando de aspectos culturais tanto do trabalhador quanto do produtor. TODOS temos que trabalhar nossas cabeças para mudanças. 

  • Olá Myriam!

    Você comentou algo que eu sempre falo: "o medo do novo, o medo do desconhecido". Isso impede a gente de fazer muitas coisas, tanto na vida pessoal e muito mais na profissional. Eu concordo contigo quando fala que temos que construir uma equipe comprometida e concordo que a bonificação não pode ser implantada de imediato (porque pode deixar de ser bonificação e virar obrigação) mas o funcionário tem que ter um estímulo para se comprometer. Todos nós precisamos de desafios para nossas vidas! Uma meta a ser alcançada e saber que a bonificação é algo possível a curto prazo, pode ser uma boa maneira para isso.  

    Abraço,

    Pricila

  • eu também tenho essa infeliz experiencia e e verdade muitos funcionários não aceitam mudanças ate por uma questão cultural por isso e importante fazer uma seleção mas como acaba não tendo candidatos a altura e estes com maior preparo custam um preço muito alto para a atividade então acabamos contratando funcionários menos qualificados que também esta difícil de se encontrar eu estou tendando procurar métodos para manter este pessoal menos qualificados por meio da bonificação e tendando capacitá-los mas infelizmente a maioria acaba não aceitando novas tecnologias e por falta de empenho e interesse em querer aprender acabam se demitindo.

    Gabriel Pinheiro Borges disse:

    Endosso as palavras do Julio e do Edson, porém acredito que com funcionários oriundos de uma boa seleção, o que é complicado nos dias de hoje, haja visto, a dificuldade em arrumar mão de obra, possibilite a criação de indicadores de desempenho que gerem ao funcionário ganhos financeiros que o motivem a desempenhar um trabalho de qualidade. Porém, acredito que mais importante do que o supracitado, seja a mudança de cultura destes funcionários, venho percebendo na minha propriedade a dificuldade que estes possuem em aceitar mudanças no trabalho deles. Contratei uma empresa de consultoria agropecuária para me ajudar na produção leiteira e de corte, pautamos o trabalho em conversar com os funcionários sobre o projeto e onde queríamos chegar, antes de toda tomada de decisão, conversamos com os funcionários sobre o que iremos fazer, escutamos a opinião de todos e só então, decidimos os passos posteriores, porém, os funcionários, na maioria das vezes, acreditam que as mudanças são maléficas, não se colocam a disposição de ajudar no projeto e, na maioria das vezes, pedem demissão, por acharem que um pasto não deve ser calcareado, que o gado de leite não deve ser manejado em piquetes ou receber ração, que um bezerro apartado é um crime, enfim, são totalmente enraizados no passado, em técnicas ultrapassadas e acreditam muito mais no extrativismos de propriedades rurais do que no trabalho em conjunto com a natureza e novas tecnologias de produção pecuária, sem contar, que pedem demissão, pois não tem medo de ficarem desempregados devido ao excesso de assistencialismo governamental, já citado em posts anteriores.

  • Endosso as palavras do Julio e do Edson, porém acredito que com funcionários oriundos de uma boa seleção, o que é complicado nos dias de hoje, haja visto, a dificuldade em arrumar mão de obra, possibilite a criação de indicadores de desempenho que gerem ao funcionário ganhos financeiros que o motivem a desempenhar um trabalho de qualidade. Porém, acredito que mais importante do que o supracitado, seja a mudança de cultura destes funcionários, venho percebendo na minha propriedade a dificuldade que estes possuem em aceitar mudanças no trabalho deles. Contratei uma empresa de consultoria agropecuária para me ajudar na produção leiteira e de corte, pautamos o trabalho em conversar com os funcionários sobre o projeto e onde queríamos chegar, antes de toda tomada de decisão, conversamos com os funcionários sobre o que iremos fazer, escutamos a opinião de todos e só então, decidimos os passos posteriores, porém, os funcionários, na maioria das vezes, acreditam que as mudanças são maléficas, não se colocam a disposição de ajudar no projeto e, na maioria das vezes, pedem demissão, por acharem que um pasto não deve ser calcareado, que o gado de leite não deve ser manejado em piquetes ou receber ração, que um bezerro apartado é um crime, enfim, são totalmente enraizados no passado, em técnicas ultrapassadas e acreditam muito mais no extrativismos de propriedades rurais do que no trabalho em conjunto com a natureza e novas tecnologias de produção pecuária, sem contar, que pedem demissão, pois não tem medo de ficarem desempregados devido ao excesso de assistencialismo governamental, já citado em posts anteriores.

  • Que tristeza ler o comentário do Sr. Julio Cesar Neves. Mas, de fato, existe um certo consenso sobre os efeitos negativos que programas sociais do tipo do Bolsa Família produzem sobre a produtividade dos empregados com baixo nível de qualificação profissional. E a razão disso repousa no fato de que tais programas não exigem contrapartidas. Assim sendo, como o empresário não dispõem de bolso sem fundos deve ele, quando da implantação de programas de incentivos certificar-se de que as bonificações estejam sempre atreladas a ganhos de produtividade. Além disso, deve precaver-se contra o desenvolvimento de passivos ocultos pois, como todos sabem, nossa legislação trabalhista é extremamente paternalista com relação à mão de obra contratada.

  • Os funcionários rurais respondem positivamente às bonificações, desde que as metas a serem atingidas, para que as recebam, sejam específicas e alcançáveis, como por exemplo uma meta para reduzir em x% os casos de mastite, no período y. A bonificação deve ser dada à todos os funcionários envolvidos no cumprimento da meta e neste exemplo seria a equipe de ordenha. Se houver supervisores, gerentes, eles deverão receber de acordo com as metas atingidas pelas equipes específicas. Somente com o envolvimento e a motivação de todos os funcionários é que os resultados finais serão positivos. 

  • Bom dia,

    nas grandes empresas esta prática de bonificação funciona satisfatoriamente. Porém, na atividade rural onde a mão de obra é pouco qualificada tenho minhas dúvidas. Além do salário ofereço bonificação de 10% do lucro para os funcionários, fora os outros benefícios de praxe. Não estou vendo grandes resultados.

    Tenho a impressão que o pessoal está pensando mais em viver de seguro desemprego e bolsa família pois é mais cômodo. Desta forma, vamos perpetuando a pobreza.

    Ainda espero que tenhamos resultado com esta prática de bônus.

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