A força do Agro e do Leite no Brasil

Recentemente, começou a ser veiculada em rede de televisão a seguinte mensagem: "Agro é leite!
AGRO a indústria-riqueza do Brasil"


As informações mostradas são de que quase metade do leite produzido no Brasil vem de pequenas fazendas, 47% do volume total. Para 1,2 milhões de produtores o leite é o salário do mês. Leite é a atividade que mais gera emprego no País, mais de 4 milhões de pessoas trabalham nas indústrias de laticínios e no campo com a produção primária.

Só o faturamento de 2016 foi de 27 bilhões de reais. A produção leiteira avançou muito e hoje as vacas campeãs produzem mais de 100 litros por dia. O leite é o ingrediente básico de doces e salgados que fazem sucesso no mundo inteiro. Leite é cálcio para os ossos, e é proteína para a economia, e termina com: Leite é Agro. Agro é tech. Agro é pop. Agro é tudo.

A seguir alguns números que reforçam a importância do agronegócio e em especial da produção de leite para o País.

O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou o resultado de junho/2017 do cadastro geral de empregos. Os resultados apontam expansão de postos de trabalho do emprego formal e o saldo positivo foi, em maior número, de postos gerados na agropecuária, de 117 mil. Os estados que mais empregaram foram Minas Gerais, Mato Grosso e Pernambuco.

A CNA estimou que a produção de leite em 2017 será de 34,9 bilhões de litros, com preços médios de R$ 1,32 por litros, o que deve gerar um faturamento de R$ 46,8 bilhões. Esse valor será 3,3% superior ao encontrado em 2016, que foi de R$ 44,7 bilhões, e muito superior ao mencionado no vídeo, de R$ 27 bilhões. O leite representa 24% do valor bruto da produção (VBP) gerado pela pecuária, sendo inferior somente ao da carne bovina e superior ao valor da produção de frangos, suínos e ovos, como se observa na Figura 1.

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Para os produtos que representam a proteína animal, a estimativa para 2017 em relação ao ano anterior, é de incremento do faturamento do setor de suínos em 12,1%, de ovos em 9,6% e de leite em 3,3%. Para a carne bovina e para o frango se estima uma redução de aproximadamente 8%.

Quando foi deflagrada a operação carne fraca, ocorreu um forte impacto nas exportações, principalmente a de carne bovina, que tem a maior participação no segmento da pecuária, de 44,8% e de 16,3% no total da agropecuária. Comparado os períodos de janeiro a julho de 2017 com igual período de 2016, a carne reduziu 10,1% e o preço médio está caindo desde fevereiro de 2017.

BUSCA DE PRODUÇÃO É CONSTANTE - O valor bruto da produção (VBP) Agropecuária de 2017, mensurados a preços reais de julho de 2017, deverá atingir R$ 531,7 bilhões, redução de 2,58% em relação ao faturamento de 2016, que foi de R$ 545,8 bilhões. Essa variação foi reflexo da queda acentuada dos preços de produtos, como a soja (16,7%), o milho (31,5%) e a carne bovina (10,1%). Esses três produtos respondem por 48,9% do VBP da agropecuária.

Sobre os avanços na atividade leiteira, em várias regiões existem produtores especializados no leite, utilizando diversas raças e seus cruzamentos. Entre esses produtores, a produção por animal é uma busca constante e o crescimento alcançado é excelente. Alguns registros, de produção diária em torneio leiteiros, são superiores a 100 litros na raça Holandesa e Girolando, próximo de 70 litros com animais Jersey e de 60 litros com vacas Gir, mas a média nacional ainda é baixa, de aproximadamente 8 litros/dia.

A produtividade animal cresce em todos os estados brasileiros, na Figura 2, está a produção média por vaca ordenhada por ano nos dez estados com maior índice. Observa-se o grande crescimento da média nos três estados da Região Sul, liderados pelo Rio Grande do Sul, que alcançou mais de 3 mil litros/vaca/ano em 2015.

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Sobre a utilização, estima-se que um terço do leite produzido no País é utilizado como ingrediente básico para os mais diversos produtos, não só na nossa alimentação como doces e salgados, mas também na indústria de higiene pessoal, cosméticos e medicamentos. Mais de noventa produtos têm o leite ou a proteína do leite na sua composição. Os outros dois terços da produção, cerca de 24 bilhões de litros são consumidos na forma de leite fluido ou de derivados lácteos, como os queijos e iogurtes.

Para finalizar, as evoluções tecnológicas e de gestão estão acontecendo de forma silenciosa na atividade leiteira. O leite caminha para uma pecuária inteligente, onde a disponibilidade de tecnologias é cada vez mais forte, por exemplo, a biotecnologia, os veículos autônomos, como são os tratores, drones, robôs e os sensores.

Apesar da importância do setor, ele não é reconhecido e valorizado como merece e as vezes é penalizado, como exemplo a falta de estradas adequadas para o escoamento da produção. É importante reforçar que o Agro garante nossa comida, nossa roupa, nossas flores, nossa vida, e que Agro é gente!

Artigo que publiquei na Revista Balde Branco de agosto/2017.

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Comentários

  • Lu
    Acho que vc tem razão
    É um absurdo o Para sofrer com problemas de energia, sendo Estado um dos grandes produtores.
    Sobre as estradas, temos problema no País com um todo . Nossos representantes estão preocupados apenas com seus umbigos. Temos que cobrar muito deles.
    Abraço
  •  

    Esta é uma realidade minha amiga e estimada pesquisadora, Rosangela, os nossos Produtores rurais sofrem a cada ano no período chuvoso, e o maior gargalo são as estradas e vicinais intrafegáveis, recentemente encontrei uma comunidade aqui no Estado do Pará  na cidade de Goianésia que não tem energia elétrica, então, como poderão aplicar tecnologias em suas propriedades se não tem o principal? A região Norte do Brasil é a mais penalizada com esses descasos do poder publico, ou seja, não são valorizados como merecem, como exemplo a falta de estradas adequadas para o escoamento da produção. É importante reforçar que o Agro é responsável pela nossa qualidade de vida!

    Ótimo Texto minha amiga e Parceira do Agro!

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