Em artigo sobre a valorização do colaborador, Ramos e Ferreira (2010) citam que “Um colaborador comprometido chama pra si algumas responsabilidades, especialmente em épocas de crise, onde se faz necessária a redução de custos e maior aproveitamento da matéria-prima; toma-se atitudes que ajudam a empresa nos desperdícios e, ainda, na conscientização dos demais, seja como exemplo, seja verbalmente, entre várias outras maneiras de mostrar que o comprometimento é o melhor resultado não só para empresa como para o próprio colaborador.” Acredito que este é o perfil de funcionário que toda empresa gostaria de ter e fiquei me perguntando como seria feita esta valorização dentro das propriedades leiteiras.

Na matéria intitulada “Fazendas leiteiras e a mão-de-obra” de autoria do Sr. Gilson Gonçalves Costa publicada no Milk Point dia 17/04/2012 e comentários gerados, encontrei algumas respostas de como pode ser feita a valorização dos funcionários tais como a participação nos lucros, o treinamento frequente, possibilidade do funcionário criar animais para o consumo, gratificação no final do ano e outros.

Sendo assim, gostaria da opinião ou experiência de vocês para responder ao questionamento: Estas são as únicas maneiras de valorizar um funcionário? Qual seria a mais eficiente? Contribuam com suas experiências!

 

COSTA, G.G. Fazendas leiteiras e a mão de obra. Disponível em: http://www.milkpoint.com.br/cadeia-do-leite/espaco-aberto/fazendas-leiteiras-e-a-mao-de-obra-78752n.aspx. Acesso em janeiro de 2013.

 

RAMOS, B.S.; FERREIRA, C.L. O aumento da produtividade através da valorização dos colaboradores: uma estratégia para a conquista de mercado. Revista de Engenharia e Tecnologia, v.2, n.2, p.71-80, 2010.     

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Respostas

  • Bom dia,
    Espero que não se assustem com meu tópico que venho a descrever no decorrer deste texto.

    Sou Técnico em Agropecuária com curso de inseminação artificial de bovinos, projeto Balde Cheio da Embrapa Pecuária Sudeste e atualmente presto serviço numa Escola Estadual do Rio de Janeiro com o projeto CIA Leite, venho nesta página no intuito de algum proprietário precisar de um trabalhador,casado com 1 filho de 2 anos que precisa muito de um emprego em propriedade, já que junto ao Governo do Rio de Janeiro nossa função não é regulamentada e sem remuneração de acordo com a qualificação profissional, numa página em que se discuti a melhoria da cadeia protutiva leiteira como um todo, venho aqui me ofereçer para trabalhar como técnico com experiencia, estou a disposição para qualquer cidade e estado de nossa federação, me chamo Waldir do Nascimento Fonseca Filho, 53 anos, carteira do CREA nº 2010149750 identid_ 046833661, cic 55239587787 , desculpe de fazer esta página de forum de emprego mais a necessidade faz a ocasião, meu email - nascimentofonseca@yahoo.com.br.-tel celular 24 92885990

    No aguardo ,
    sem mais,

    Waldir do Nascimento Fonseca Filho.

  • "Situações que levam o trabalhador ao desconforto e frustração tem também impacto negativo no conforto da vaca e consequentemente , na sua capacidade de produção.

    "Relação dados climáticos com o desempenho animal"

    Maria de Fátima Ávila Pires & Aloísio T. de Campos

  • boa noite, amigos pecuaristas, tenho uma propriedade no sul de são paulo e aplico a tecnica do funcionario colaborador ou seja, chamo o funcionario de colaborador da empresa e coloco ele como uma parte importante no processo do dia a dia da empresa quer no corte ou no leite, gratifico ele com uma porcentagem caso não tenha mamite, perda de bezerra enfim faço ele entender que qto mais ele se dedicar e vestir a camisa da empresa , e a empresa tiver menos prejuizo e mais lucro ele sera um dos que tirarão proveito de um ótimo trabalho em equipe. Com isso colaborador animado, feliz e sempre disposto a ter um dia melhor com certeza abaixara seus custos e fara com que vc ganhe mais.

    abraços e sucesso a todos

    eder garcia

  • Olá Frank e Ronaldo!

    Agradeço a participação de vocês nesta discussão. Frank, isso que você comentou tem tudo a ver com o assunto porque afinal, queremos um funcionário que se sinta valorizado e goste do seu trabalho para que não aconteça situações como maus tratos aos animais, por exemplo, e consequente perda de desempenho.

    Com relação a "valorizar pessoas que tem valores", citada pelo Ronaldo, tenho que dizer que entendo isso, é como se estivéssemos dando "murro em ponta de faca", ou seja, treinando ou dando oportunidades para alguém que não vai reconhecer e sempre vai reclamar do trabalho. Porém, mesmo reconhecendo uma pessoa com este perfil, sou a favor de dar uma oportunidade para ela tentar mudar, como podemos saber se não é isso que falta para ela começar a pensar diferente. Só assim, conseguimos selecionar os funcionários que "não tem valor" daquele que "não foi valorizado antes". 

    Até mais,

    Abraço.

    Pricila

  • Volto a insistir no que eu disse no inicio, temos que valorizar pessoas que tem valores. Canalhas como esses desta fazenda nos EUA são a prova que não adianta nada dar cursos, treinamento, gratificações, etc., quando a pessoa não presta. Pessoas de má índole não mudam, é melhor ter um funcionário analfabeto, mas honesto e de boa índole que um cheio de diplomas, mas desonesto e de má índole. Devemos lembrar de como era no tempo de nossos pais e avos, a primeira coisa que alguém queria saber era sobre a pessoa, quem era, se era honesto ou não, de qual família ela era.  

  • Desculpem-me se passei a impressão de ter fugido ao tema.

    Mas tentei exemplificar o extremo às avessas do diálogo a que estamos nos dispondo.

    Abs,

  • Recentemente li notícia no Milkpoint intitulado: EUA: Maus tratos à animais levam a demissão e possível condenação.

    No desenrolar do debate, foi suscitado o desvio de comportamento dos funcionários como fruto de má remuneração na atividade leiteira, e até mesmo suborno e conspiração contra a empresa patronal.

    A partir deste artigo e respectivas participações dos membros do site, é que faço as seguintes colocações.

    É preciso ponderar que cada parte envolvida com a produção leiteira tem sua co-responsabilidade em todas as etapas do processo.
    No caso comentado, pode ter faltado olho do dono, talvez omissão, e quem sabe conivência.
    Os maus tratos a que foram submetidos esses animais provavelmente refletiram em seu desempenho produtivo/reprodutivo além de seu status imunológico.
    Como estava o controle leiteiro desses animais?
    Como era o nível de descarte desses rebanhos?
    Havia programa de capacitação e atualização da mão de obra nessas fazendas?
    Se de um lado o criador alega falta de mão de obra qualificada, do outro ouvimos funcionários argumentando a melhor remuneração em outras atividades.
    Então, onde está a raiz dos problemas?
    Contudo, mesmo que fique provada a inocência dos proprietários, o justo pagará pelo injusto.
    E o consumidor pagará mais caro pela mercadoria, por falta dessa matéria-prima que será embargada/boicotada pelas indústrias.
    Diante do ocorrido, surge uma ótima oportunidade para todos os criadores (inclusive os nossos) reverem suas posições trabalhistas com seus funcionários.
    Não é permissível tolerar as crueldades praticadas aos animais.
    Mas também é preciso rever o "bem-estar" dos funcionários.

    A bandeira da vez é "gestão por competências" e "recompensa por mérito".
    Finalizando, se me permitem parafrasear os ditos populares:
    É "melhor prevenir do que remediar" para não "chorar pelo leite derramado"!
    Saudações a todos.

  • Bom dia!

    Rosângela, muito importante o que foi levantado por você e complementado pelo Dênis. Não estou querendo colocar todo o trabalho de motivação para o produtor mas acredito que até mesmo a participação e o interesse da família na fazenda devem ser incentivados por ele e claro, a presença constante da família na propriedade vai mostrar a importância do negócio e do trabalho desenvolvido pelo funcionário.

    Um dos textos do curso de Gestão Contemporânea, da FGV on-line, define liderança democrática, o tipo de liderança que "mais motiva e portanto a mais recomendada apesar de não ser a mais utilizada", da seguinte maneira: "o líder continua a dirigir e supervisionar atentamente a realização da tarefa mas também dá apoio sócio-emocional,solicita e pede sugestões. Envolve as pessoas em discussões de trabalho – participação, reconhece e elogia – carícias psicológicas, ouve as pessoas, proporciona respeito, amizade e calor humano, elogiam as boas idéias e induz a arriscar, etc". Acredito que isso reforça o que os colegas falaram e o que eu penso. Esta definição serve para qualquer tipo de trabalho e em qualquer empresa ou relação dono/gerente e funcionário.

    Fonte: SILVA, Mirian Ribeiro da. Relação liderança / motivação. In: ______. Motivação e liderança. [S.l.: s.n.].

    Agradeço a participação de todos,

    Pricila

  • Eu trabalho com cana mais Ureia e muito perigoso, eu trenei a equipe e não tive problema.

    Agradeço da forma melhor dando brindes, e a gradecendo a todo o momento. E final de ano faço uma festa para todos funcionário

  • Caros colegas,

    concordo com as considerações da maioria relativas à remuneração adequada, treinamento e bonificação. Mas queria citar o ponto levantado pela Rosangela Zoccal, de cunho mais psicológico do que financeiro, o qual acho fundamental e que vale para qualquer tipo de relação de trabalho = o dono / líder / chefe deve dar o exemplo. Isso significa mostrar dedicação e comprometimento com o sucesso da atividade e transformar seu "discurso" de valorização e da importância de seus empregados em atitudes concretas. 

    Como cita o Dr. Clóvis Correa da Rehagro (na revista Balde Branco desse mês): "Alguns produtores se mostram pessimistas com a atividade leiteira e ainda querem ter empregados motivados".

    Abraços.

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