Nesse vídeo falo resumidamente sobre o panorama da produção de leite no mundo e no Brasil, principalmente sobre a estrutura de produção e os países mais especializados, considerando a produtividade animal. Também abordo alguns pontos importante que estão acontecendo, como o crescimento e urbanização da população e as mudanças climáticas. 
 
Na última parte falo dez desafios que a atividade leiteira brasileira deve enfrentar para se tornar forte e competitiva. Gostaria que você compartilhasse comigo sua experiência, discordando dos desafios mencionados ou citando quais são os três mais relevantes que devem ser enfrentados na sua região ou no País. Estou esperando seus comentários.


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Respostas

  •  

    paschoal jannuzzi de paula motta disse:

    Dra  Rosangela 

    Muito bem lembrado o fato das indústrias de laticínio muitas das vezes não dar o devido apoio ao pequeno produtor por não se ter a garantia da fidelidade. Porém digo que a meu ver as mesmas agem de forma errônea pois se um produtor mesmo sendo pequeno tiver o apoio desta ou daquela empresa de laticínio creio que o mesmo pensara duas vezes em mudar ou seja em abandonar quem lhe da apoio . Se o mesmo for bem orientado e tendo o devido apoio, creio eu, que não irá procurar outra, pois penso que além da assistência técnica que o mesmo receberá deverá também estar embutido um valor justo para seu produto no caso o leite que deverá ter melhor qualidade com as devidas orientações, sempre há mudança de indústrias lácteas pelos produtores  por falta de uma boa orientação técnica que faça o produtor ver que não é apenas o valor de seu produto que esta em jogo é uma somatória de fatos que fazem com que estes produtores muitas da vezes deixe de lado o valor final de seu produto  preferindo uma boa orientação que acarretará em uma série de benefício acabando por neutralizar  esta diferença , sendo que as vezes recebendo pouco menos mas com boa orientação técnica acaba colhendo melhores frutos seja no aumento de sua produção ,melhoria genética de seu rebanho e melhor manejo sanitário e nutricional etc...Acho que ainda temos muito a caminhar em todos os aspectos, como disse outro dia falta de apoio por parte do governo,falta de boa orientação seja técnica ou outra forma e por aí vai. Dra nossos produtores com a disposição que tem para o trabalho, e com boa assistência muito podem fazer, existem orgãos de pesquisas como a EMBRAPA ,EPAMIG centro universitários etc que estão na vanguarda com suas pesquisas mas que muito pouco chegam aos produtores principalmente aos pequenos e quando chegam aos mesmos e uma minoria justamente por falta de boa orientação ou seja assistência técnica , desculpe-me mas em minhas andanças por este imenso país é o que vejo na maioria das vezes ao conversar com eles produtores. Se não estou sendo pedante em tocar neste quesito pois tem outros que adiante tocarei peço desculpas mas vejo com muita complexidade todo esposto e que muita discussão ainda e em assuntos variados dentro da cadeia produtiva teremos a meu ver pela frente.

    Com mil desculpas por querer fracionar em vários comentários o assunto, pois muitos outros caso me permita tentarei expor em outra ocasião se não for incomodo.

    Atenciosamente

    Paschoal Jannuzzi de Paula Motta

    Romão Miranda Vidal disse:

    Dra. Rosangela.
    Muito bem exposto o assunto, de forma didática e técnica.
    Ao nosso ver a produção de leite, ainda engatinha no que se refere ao bem produzir econômica e sanitariamente. Ao mesmo tempo como foi demonstrado um contingente enorme de produtores e uma quantidade média, gritante.
    Entendo que faz-se necessário, a elaboração de Protocolos Técnicos Diferenciados, para estados e produtores. O leite ainda é dito como elemento que "pode" ajudar na complementação da renda agro-familiar. Mas sub-entende-se que o foco principal é a venda da cria, desmamada ou mais erada.
    Somos um país continental que deve e pode se posicionar de uma forma mais agressiva no mercado. Exemplo: AMAPÁ. Esse estado deve possuir algo como 180.000 a 200.000 bubalinos. A produção de leite, deveria ser analisada, com o intuito de agregar valor - Muzarela - feita com leite de búfalas, para exportação, ante a posição geográfica em relação a Europa.
    Atenciosamente.
    Médico Veterinário Romão Miranda Vidal


  • Romão Miranda Vidal disse:

    Dra. Rosangela.
    Muito bem exposto o assunto, de forma didática e técnica.
    Ao nosso ver a produção de leite, ainda engatinha no que se refere ao bem produzir econômica e sanitariamente. Ao mesmo tempo como foi demonstrado um contingente enorme de produtores e uma quantidade média, gritante.
    Entendo que faz-se necessário, a elaboração de Protocolos Técnicos Diferenciados, para estados e produtores. O leite ainda é dito como elemento que "pode" ajudar na complementação da renda agro-familiar. Mas sub-entende-se que o foco principal é a venda da cria, desmamada ou mais erada.
    Somos um país continental que deve e pode se posicionar de uma forma mais agressiva no mercado. Exemplo: AMAPÁ. Esse estado deve possuir algo como 180.000 a 200.000 bubalinos. A produção de leite, deveria ser analisada, com o intuito de agregar valor - Muzarela - feita com leite de búfalas, para exportação, ante a posição geográfica em relação a Europa.
    Atenciosamente.
    Médico Veterinário Romão Miranda Vidal
  • Dra. Rosangela.
    Muito bem exposto o assunto, de forma didática e técnica.
    Ao nosso ver a produção de leite, ainda engatinha no que se refere ao bem produzir econômica e sanitariamente. Ao mesmo tempo como foi demonstrado um contingente enorme de produtores e uma quantidade média, gritante.
    Entendo que faz-se necessário, a elaboração de Protocolos Técnicos Diferenciados, para estados e produtores. O leite ainda é dito como elemento que "pode" ajudar na complementação da renda agro-familiar. Mas sub-entende-se que o foco principal é a venda da cria, desmamada ou mais erada.
    Somos um país continental que deve e pode se posicionar de uma forma mais agressiva no mercado. Exemplo: AMAPÁ. Esse estado deve possuir algo como 180.000 a 200.000 bubalinos. A produção de leite, deveria ser analisada, com o intuito de agregar valor - Muzarela - feita com leite de búfalas, para exportação, ante a posição geográfica em relação a Europa.
    Atenciosamente.
    Médico Veterinário Romão Miranda Vidal


  • Rosangela Zoccal disse:

    Irezê

    A falta de sucessores na atividade é realmente um grande desafio, porque depende de muitos fatores de "fora da porteira" e de "dentro da porteira" o principal deles é a rentabilidade do negócio.

    Bruno

    Vamos torcer para que a Ministra tenha bons projetos para o leite.

    Paschoal

    Eu acrescento que a indústria, que capta o leite, também é responsável pela assistência técnica. Sei que é difícil para ela porque não existe fidelização do produtor e estaria investindo sem garantia de melhorar seu produto.

    Se o pequeno produtor não tem condições de "comprar" assistência técnica, um caminho é unir-se a outros produtores e compartilhar o conhecimento.

  • Dra. Rosângela,

    O setor leiteiro nacional já deu sinais no passado de que pode oferecer excedentes exportáveis de lácteos, além de abastecer o mercado interno. Temos razões suficientes para isso em disponibilidade de terras e tecnologias. A pergunta que fica é: por que não continuou a oferecer? Para sermos exportadores líquido de lácteos, como foi colocado o dever de casa está incompleto. Não conseguimos perenizar os nossos compradores de leite, que como colocou faltou competitividade. Mas acredito que faltou mais do que competitividade, como qualidade entre outros. Nosso rol de compradores é limitado em todos aspectos,  inclusive o de poder aquisitivo, como os países africanos e latino americanos, que na maioria dependem da venda de petróleo para comprar lácteos. Devemos trabalhar duro visando exportar no longo prazo 5% de nossa produção, apesar de acreditar que seja 10% próximo do ideal, fazendo o dever de casa, quebrando barreiras e ampliando nossa clientela além daqueles vendedores de petróleo. A Rússia e a China batem a nossa porta e quem sabe também a União Europeia!

  • Quero agradecer a todos pelos comentários e elogios. São muito bons e pertinentes. Faz a gente pensar, discutir e quem sabe achar a solução ou o caminho para vencer alguns desafios. Abraço

  • Irezê

    A falta de sucessores na atividade é realmente um grande desafio, porque depende de muitos fatores de "fora da porteira" e de "dentro da porteira" o principal deles é a rentabilidade do negócio.

    Bruno

    Vamos torcer para que a Ministra tenha bons projetos para o leite.

    Paschoal

    Eu acrescento que a indústria, que capta o leite, também é responsável pela assistência técnica. Sei que é difícil para ela porque não existe fidelização do produtor e estaria investindo sem garantia de melhorar seu produto.

    Se o pequeno produtor não tem condições de "comprar" assistência técnica, um caminho é unir-se a outros produtores e compartilhar o conhecimento.



  • Fernando :

    Em países como a Índia ocorre um aumento do número de produtores, principalmente de pequenos, em consequência das políticas públicas adotadas. A redução do número de pequenos produtores no Brasil é devido a "concorrência" com países mais competitivos e porque as políticas públicas ainda não chegam aos que precisam. 

    Dr. Duarte

    Concordo que nosso "dever de casa" ainda não foi realizado com relação a qualidade do leite. Ainda somos importadores e para reverter a situação, tornando exportador de lácteos, temos que abastecer o mercado interno e ser competitivo. Ter a Ministra Kátia Abreu sensível ao leite é um grande passo, principalmente protegendo nosso produto e claro nossos produtores.

    Éder

    As instituições e órgãos que tem ações no setor do leite precisam se unir para pressionar o governo por políticas adequadas.

  • Boa noite Dra Rosângela

    Gostaria de parabenizá-la pela matéria mas dentro de minha modéstia aproveito para por em discussão alguns tópicos que penso eu são de relevada importância dentro de toda conjuntura .

    Clima , pessoas com vocação , dispostos , áreas físicas temos e muito mais etc... . Vejo que falta aos pecuaristas  sejam familiares ou não mesmo sendo pequenos é : maior apoio por parte do governo precismos de orgãos técnicos  mais eficientes não quero com isto dizer que os que temos não o são , precisamos de maior apoio por parte destes em sua efetividade ou seja com um numero maior de técnicos em cada região, pois hoje este número que temos vejo que é insuficiente, por exemplo: temos em vários municípios do Brasil a Emater mas o número de técnico nos escritórios locais são pequenos em relação ao número de produtores do município em que atuam, vejo também em muitos escritórios locais os técnicos  sendo verdadeiros burocratas, pouco saindo a campo o que deveria ser constante deixando o escritório e assiduamente acompanhando os produtores pois isto  acontece em geral poucos estados o fazem de forma efetiva , e estes que o fazem sempre estão na vanguarda do sucesso de seus atendidos, cito como exemplo o estado do RIO Grande do Sul onde sempre temos a cada dia notícia das melhorias alcançadas e dos sucessos de seus produtores sejam eles micro ou pequenos médios grandes etc..., temos alguns exemplos também em Minas e por aí vai. Os nossos governantes deveriam apoiar mais efetivamente , em  muitos municípios  ou seja na sua maioria a prefeitura  não os apoiam como deveria ,o governo estadual  também assim como o federal. Temos grandes orgãos de pesquisas temos grandes técnicos  temos gente capacitada temos pesquisadores de gabarito internacional cito EMBRAPA ,EPAMIG etc... pesquisas maravilhosa verdadeiras descobertas verdadeiras soluções para o homem do campo que em sua maioria não chegam aos mesmos por falta de maior apoio por parte seja das emateres  ou de outros orgãos de fomento,em geral não por desleixo, mas por maior falta de apoio politico, apoio estrutural mais incentivo destes governantes.Não vou ficar falando muito pois esta discussão  se tornaria  cansativa acho que deveríamos falar mais sobre isto mas aos poucos pois só assim outros poderiam nos mostrar fatos que poderemos ir discutindo ao longo  do tempo.Tenho certeza que muitos nos mostrarão  pontos positivos mas também pontos negativos ou seja casos de sucessos e outros sem  seria um ótimo termo para se discutir.

    Penso que se nossos governantes dessem mais apoio melhor seria os resultados vejamos : se tivéssemos  em cada município uma patrulha agrícola com  maquinário adequado a cada região para atender  não de graça mas com preço os justo os produtores com um bom aporte de insumos com técnicos os acompanhando orientando e com uma central de apoio do plantio a colheita da compra de insumos a venda de seus produtos ou seja uma rede completa a situação seria outra. NO sul temos exemplos de sucesso . Quando falamos em gado de leite muito falamos em genética esta muitas das vezes poucos a ela tem acesso e os motivos acima os falei, quando se fala em produção também temos que falar em nutrição , pergunto: será que nossos produtores em sua maioria tem esta concepção em mente , digo mais uma vez la no início esta a resposta.  Muitas vezes encontro com companheiros e as vezes os pergunto como é produzir leite que é o caso, os mesmos me respondem ora basta ter boas vacas uma boas cocheira e farelo e ai se produz, não não é isto que deveria ocorrer , os mesmos deveriam pensar que ser produtor acima de tudo deve-se ser um empresário seja mine, pequeno,médio ou grande, ver seu negócio como uma empresa , e como toda empresa deveriam agir baseando em alguma norma . O produtor de leite deveria pensar que sua empresa se baseia em um tripé:genética, manejo e saúde. Veja cara Doutora isto por si seria e será ótima discussão também pois cada item se desdobra em vários penso que seriam ótimos temas,quando falamos em produção por animal em produção por região por pais  a meu ver esta embutido muitas coisas só para elucidar , conhecimento capacidade de organização tecnológica capacidade financeira etc... Por falar em capacidade financeira dou como exemplo grandes empresas estes tem condições de ter um corpo técnico a sua disposição e os pequenos? se nossos governantes não os apoiam como deveria aí estão muitas das vezes produzindo pouco por falta de apoio, nossa força de produção está amparada nestes que pouco tem ajuda em todos os sentidos, como podem produzir com mais qualidade se muitas das vezes nem uma casa digna tem,se não tem dinheiro para investir o governo diz que tantos milhões foram liberados para a agricultura e pecuária mas  destas liberações pouco chegam aos pequenos e quando chegam os afugentam com as exigências burocráticas o que faz com que estes pequenos se recusam a candidatar em toma-los, isto porque não há uma politica séria capaz voltada para os mesmos,se forem ao banco pedir dinheiro para um carro rapidamente tem, se for para uma casa na cidade  também se for para qualquer coisa que não seja para o campo tem e sem burocracia mas se for para o campo aí a coisa muda,não  querem que  quem esta fora do campo possa a ele voltar pois se o mesmo for a um banco estatal e solicitar um empréstimo para começar seu empreendimento rural ouvirão que para isto ou para aquilo tem que ter tantos anos produzindo, tem que ter terra própria não podem se arrendatário e por aí vai, mas se for posseiro invasor tem tem até ajuda de custo do governo como sesta básica ajuda com insumos etc.Doutora sua fala foi excelente mas não sei se a outros o fazem pensar como eu,  mas em minha mente  abre um leque de coisas que levaria dias meses ou talvez anos para irmos discutindo seu pormenores, desculpe-me se fugi um pouco do assunto mas creio que não a meu ver são desdobramento dos fatos.

    Reitero mais uma vez meus sinceros parabéns desejo-a muito sucesso . 

    Paschoal Jannuzzi de Paula Motta

  • BOA NOITE 

    APENAS COMPLEMENTADO A IDEIA DO NOSSO AMIGO MÁRCIO, REALMENTE ESSE É O MAIOR PROBLEMA MESMO POIS SOU UM PEQUENO PRODUTOR E VEJO NA PELA A REALIDADE DE COMO NÃO E FÁCIL MANTER E TENTAR INOVAR SENDO PRODUTOR DESSE NÍVEL, DEVERIA REALMENTE SER MAIS TRABALHADO O PEQUENO PRODUTOR POIS TEMOS MUITAS FAMÍLIAS QUE DEPENDEM DESSA ATIVIDADE. 

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