Adubação Nitrogenada em Pastagens

Boa tarde colegas!

Primeiro, espero que a discussão seja pertinente, pois não encontrei nada nas postagens anteriores utilizando o mecanismo de pesquisa no fórum.

Tenho visto diversas recomendações de adubação nitrogenada em pastagens, umas mais generosas, outras nem tanto. Recomendações que em certos casos passam dos 1000 kg N/ha/ano (variando conforme a taxa de lotação) e noutros que não recomendam passar dos 250 kg N/ha/ano.

Para cada uma delas existem técnicos e pesquisadores, implementando e defendendo, cada um a seu modo, com seus argumentos. Temos até diferenças de visão dentro de uma mesma instituição. Tomo meu caso como exemplo, tenho colegas mais cautelosos e outros mais generosos nas doses do N.

Gostaria de saber, para efeito de planejamento forrageiro, quais são os parâmetros de eficiência a doses de Nitrogênio que os colegas tem trabalhado,  considerando sempre Kg de MS/kg de N aplicado, espécie (cultivar), tipo de solo, dentre outros fatores. Tem utilizado a taxa de lotação como parâmetro? Tem trabalhado com dose variável em função do mês, água no solo, tipo de solo, etc? Qual tem sido o manejo das adubações, parcelamentos etc?

Outra dúvida de momento, quanto à fonte de N utilizada. Aqui na região é bastante comum o uso de fontes de N de liberação lenta, como o Sufammo Meta (Timac Agro), mas trata-se de uma fonte muito cara (R$ 110,00/saca 50 kg), também utilizam um chamada YaraBella, mas desconheço sua composição. Vocês tem trabalhos de pesquisa que estudaram essas fontes na adubação de pastagens? Avaliaram o resultado bioeconômico de tais adubações?

Quanto a minha posição quanto a estas adubações, tenho procurado ser mais generoso. Os custos das terras aqui na região são muito elevados e não dão margem para produtividades baixas.

Um abraço a todos!

Murilo R Shibata

Zootecnista

Emater Paraná

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Respostas

  • Isso mesmo Paulo.

    Não fizemos aqui avaliação das doses de N aplicadas via fontes de liberação lenta, porém nos estudos que acessei não foram encontrados resultados significativos do ponto de vista de produção de MS.

    obrigado!

    Att

    Murilo Shibata

    Emater - Paraná

    PAULO MACHADO LOBO disse:

    também estou me deparando com a mesma realidade no meu estado (MS), onde vem crescendo o uso de fontes de N de liberação lenta, principalmente (timac-agro). Não encontrei  pesquisa com estas fontes na minha região, no entanto  venho observando que quando comparamos  com a  uréia, a sulfammo meta  além de ser mais cara não tem apresentado resultados satisfatórios, tanto que todos os produtores que acompanho já pararam com este adubo. Encontramos  um resultado imediato muito pequeno ( o que já era esperado), no entanto mesmo a longo prazo a pastagem não se desenvolveu tão bem comparando com a mesma dose de N, usando a uréia como fonte. Portanto inviabilizando esta adubação. 

    A dose que tenho encontrado melhor custo/benefício é de 700 a 800 kg/N/ha/ano. Considerando esta parcelada de setembro  a abril/maio época de melhores condições de crescimento de capim na nossa região.

    att. 

    Paulo Lobo

    eng. Agrônomo / produtor de leite

    Agraer -Mato Grosso do Sul

  • também estou me deparando com a mesma realidade no meu estado (MS), onde vem crescendo o uso de fontes de N de liberação lenta, principalmente (timac-agro). Não encontrei  pesquisa com estas fontes na minha região, no entanto  venho observando que quando comparamos  com a  uréia, a sulfammo meta  além de ser mais cara não tem apresentado resultados satisfatórios, tanto que todos os produtores que acompanho já pararam com este adubo. Encontramos  um resultado imediato muito pequeno ( o que já era esperado), no entanto mesmo a longo prazo a pastagem não se desenvolveu tão bem comparando com a mesma dose de N, usando a uréia como fonte. Portanto inviabilizando esta adubação. 

    A dose que tenho encontrado melhor custo/benefício é de 700 a 800 kg/N/ha/ano. Considerando esta parcelada de setembro  a abril/maio época de melhores condições de crescimento de capim na nossa região.

    att. 

    Paulo Lobo

    eng. Agrônomo / produtor de leite

    Agraer -Mato Grosso do Sul

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